20 fevereiro 2017

HEROÍNAS EM AÇÃO: X-23




  Arma viva clonada de Wolverine, habituou-se a vê-lo como o pai que nunca teve antes de assumir o legado do malogrado herói canadiano. Após anos de cativeiro, sevícias e manipulações, encontrou uma família nos X-Men. Mas nem por isso a sua fera interior foi domesticada.
 Conheçam o sangrenta epopeia desta carismática mutante de nova geração que, depois da TV e da BD, muito promete dar que falar no cinema ao surgir em grande plano no filme Logan, com estreia marcada já para a próxima semana.

Denominação original: X-23 (atualmente Wolverine)
Licenciador: Marvel Comics
Criadores: Craig Kyle (história) e Chris Yost (arte conceitual) 
Primeira aparição (TV): Episódio 11 da 3ª temporada de X-Men Evolution (2003)
Primeira aparição (BD): NYX nº3 (fevereiro de 2004)
Primeira aparição como Wolverine: All-New Wolverine nº1 (janeiro de 2016)
Identidade civil: Laura Kinney
Local de nascimento: A Fábrica (instalação ultrassecreta localizada algures na ilha-Estado de Madripoor, no sudeste asiático)
Parentes conhecidos: Sarah Kinney (criadora e "mãe"); Wolverine (matriz genética e "pai", falecido); Daken (meio-irmão), Amiko Kobayashi (irmã adotiva), Bellona e Gabrielle Zelda Kinney (clones e "irmãs").
Ocupação: Estudante e aventureira (anteriormente, assassina profissional, prostituta e empregada de mesa)
Afiliações: Ex-operacional da Fábrica e da X-Force; membro atual dos X-Men
Base de operações: Móvel (continua, não obstante, a privilegiar a Nova Escola para Mutantes Charles Xavier, sediada na província canadiana de Alberta)
Armas, poderes e habilidades: Fac-símile genético de Wolverine, X-23 tem nos poderes do herói canadiano um índice para os seus. Existem, contudo, algumas diferenças fundamentais entre as respetivas fisiologias mutantes. As quais são justificadas tanto pela utilização de uma amostra defeituosa do genoma de Logan no processo de clonagem como pela quase total ausência de adamantium no organismo de Laura.
Comecemos pelos pontos em comum: tal como Wolverine, X-23 tem no fator de cura a sua habilidade primária (e, por certo, a mais extraordinária). Graças a ele, ambos conseguem regenerar em tempo recorde tecidos danificado ou destruídos. Cortes, fraturas, ferimentos de bala e até amputações de membros são, assim, curados em questão de segundos.
Tanto Wolverine como X-23 são virtualmente imunes a doenças e infeções de diversa ordem. Verificando-se o mesmo em relação a um amplo espectro de drogas e toxinas. Podendo, todavia, ser afetados por qualquer uma destas substâncias se a elas expostos em doses massivas ou por períodos prolongados.
Devido à capacidade autorregenerativa das células dos seus organismos, Wolverine e X-23 têm o seu processo de envelhecimento consideravelmente retardado, prolongando dessa forma a sua longevidade. No entendimento de alguns, isso faz deles seres imortais. Pese embora não o sejam, de facto.
Ambos possuem ainda sentidos aguçados e outras capacidades físicas (força, velocidade, resistência, etc.) amplificadas a níveis sobre-humanos.
No capítulo das diferenças, há a registar, em primeiro lugar, o facto de X-23 não ter o seu esqueleto revestido de adamantium. Antes que fosse concluído o processo de recriação da Arma X, Laura evadiu-se das instalações da Fábrica. Logo, o seu esqueleto não é inquebrável como o de Wolverine. Apenas o são as garras retráteis que possui nas mãos e nos pés, as únicas partes do seu corpo recobertas pelo metal indestrutível.
Esta constitui, aliás, uma das discrepâncias mais notórias entre Laura e Logan. Ao passo que este possui três garras metálicas em cada mão, X-23 possui apenas duas. Dispondo, em contrapartida, de mais uma garra de adamantium em cada pé, o que, em situações de mano a mano, lhe aumenta consideravelmente a letalidade.
A este extenso catálogo de habilidades inatas acrescem aquelas que decorrem do seu treino com vista a transformá-la numa arma viva. X-23 é especialista em camuflagem, técnicas furtivas, explosivos e em diversos tipos de armamento. O seu apuradíssimo olfato faz dela uma exímia rastreadora, conseguindo inclusivamente memorizar dezenas de diferentes odores.
Proficiente em diversas artes marciais, X-23 é formidável no combate corpo a corpo. Contudo, apesar da ferocidade que evidencia nas batalhas que trava, é dona de um QI elevado que lhe permite processar rapidamente grandes quantidades de informação. É também uma hábil estratega, conseguindo ajustar eficazmente as suas táticas aos mais diversificados cenários.
Poliglota, sabe-se que é fluente em inglês, francês e japonês, podendo, porém, dominar outros idiomas.
Tudo somado, percebe-se porque é X-23 considerada, tanto por aliados como por adversários, uma das mais perigosas mutantes à face da terra.

X-23, uma máquina de matar com rosto de menina.
Fraquezas: O programa de condicionamento mental a que X-23 foi submetida na Fábrica incluiu um "odor gatilho". Trata-se de uma feromona específica suscetível de lhe induzir uma fúria cega que a leva a matar indiscriminadamente sem qualquer controlo das suas ações.
Uma sondagem telepática efetuada em tempos por Emma Frost com vista à supressão desse mecanismo de controlo, resultou inconclusiva. Persistindo, por isso, a dúvida se o mesmo poderá alguma vez ser desabilitado.
Sendo o "odor gatilho" a sua principal fraqueza, importa ainda registar a vulnerabilidade de X-23 a determinados tipos de rajadas energéticas. Exemplo disso foram aquelas com que, certa vez, Nimrod (robô aparentado com as Sentinelas e velho inimigo dos X-Men) a atingiu, provocando-lhe um envelhecimento acelerado. Incapaz de regenerar as feridas daí resultantes, a jovem heroína mutante quase sucumbiu ao ataque.

Fera acuada pela própria raiva.
Perfil psicológico e relacionamentos: Insular é decerto o adjetivo que melhor define a personalidade de Laura Kinney. Dotada de escassas competências sociais, sente habitualmente grandes dificuldades no relacionamento interpessoal. Facto atribuível tanto ao processo de desumanização a que foi sujeita ao longo do seu período de cativeiro como à sua perceção do perigo que representa para aqueles que a rodeiam. Sobretudo depois de, sob o efeito do "odor gatilho", ter tirado a vida ao seu sensei, em quem projetava um arremedo de amor filial.
Na sequência desse trágico incidente, ocorrido ainda na sua infância, a pequena Laura adotou comportamentos autolesivos. Passando a fazer uso reiterado das próprias garras para se mutilar. Um comportamento antissocial profundamente enraizado que ninguém sabe ao certo se terá entretanto abandonado, porquanto  o seu fator de cura sara quase instantaneamente as feridas autoinfligidas.

O sensei de X-23 foi
uma das primeiras vítimas da sua fúria assassina.
Além da violência, outra constante na vida de Laura foi a desafeição. Apesar de a Drª. Kinney ter feito o melhor que podia para lhe incutir alguns resquícios de humanidade, a jovem só muito raramente manifestou interesse na "mãe" por quem fora rejeitada em pequena. Rejeição que, note-se, nada teve de voluntária.
Obedecendo às draconianas diretivas dos seus superiores, a Drª. Kinney evitou a todo o custo estabelecer qualquer vínculo emocional com a "filha", de modo a não comprometer os objetivos do programa - que, recorde-se, pretendia criar um novo Wolverine.
Treinada para ser uma assassina de sangue-frio, X-23 exibiu em diversos momentos sentimentos de compaixão. Quando, numa das suas primeiras missões, foi designada para eliminar o Dr. Martin Sutter - um dos mentores do projeto Arma X original - e a respetiva família, a jovem matou sem hesitar o cientista e a mulher, mas poupou a vida ao rebento do casal.
Em Wolverine, Laura encontrou o que de mais próximo teve de um pai. Com efeito, a relação de ambos, caracterizada por fortes sentimentos de proteção mútua, pouco difere de uma típica relação entre pai e filha.
Logan, no entanto, considerava Laura uma irmã mais nova, sendo, aliás, dessa forma que a costumava apresentar a terceiros. Apesar disso, o antigo X-Man chegou a planear a adoção da jovem. Mesmo não se tendo concretizado essa intenção, os dois agiram sempre como uma família, não faltando, aqui e ali, os inevitáveis arrufos. Escusado será dizer, à luz do quadro descrito, que a morte de Logan provocou efeitos devastadores em Laura.
Quando os dois se conheceram, Logan ofereceu-se para ajudar Laura a começar uma nova vida no Instituto Xavier, dizendo-lhe que ele, melhor do que ninguém, sabia o que ela estava a passar.
Desde que se uniu aos X-Men, Laura tem vindo a limar algumas arestas da sua personalidade. Da sua passagem pelo instituto resultaram as primeiras amizades (com Jubileu e Psylocke) e até uma paixoneta por Satânico (outro dos pupilos mutantes). Em tempos mais recentes, foi com o seu colega de equipa Anjo que Laura se aventurou a voar nas asas do amor. Romance que acabou numa aterragem forçada devido à insegurança emocional da rapariga.
Fazer parte de um grupo ajudou Laura a sentir-se menos socialmente desajustada após largos anos de isolamento. Persistem, contudo, os seus problemas de comunicação que a impedem, entre outras coisas, de compreender e expressar a multiplicidade de emoções que vivencia pela primeira vez.
Padecendo de uma timidez superlativa, quase patológica, Laura raramente pronuncia mais do que uma ou duas frases de cada vez. Isto apesar de, por ter crescido num ambiente controlado, se expressar num inglês impecável, praticamente isento de calão.

Conversas em família para mais tarde recordar.
Histórico de publicação: Seguindo as pisadas de Arlequina (DC) em contramão com a história, foi no pequeno ecrã que X-23 principiou a sua fulgurante carreira. Com a sua estreia a ocorrer em meados de 2003, no episódio 11 da 3ª temporada de X-Men: Evolution, série de animação de mediano sucesso.
Produto da imaginação de Craig Kyle, a personagem correspondia à intenção de tornar Wolverine um conceito mais simpático aos olhos do público infantil. Em harmonia, de resto, com o tom geral da série, onde os X-Men foram reinventados como um grupo de heróis adolescentes. A ideia era, portanto, introduzir uma versão juvenil e amenizada de Logan, considerado demasiado velho e agressivo para gerar empatia com os espectadores mais novos.
Em determinada ocasião, Craig Kyle referiu-se mesmo à sua criação como o "Pinóquio da Marvel". Alcunha que cai bem a X-23 se tivermos em conta que, no fundo, ela é uma arma viva que quer ser tratada como uma pessoa.
Apesar de Chris Yost ter ajudado a escrever o par de episódios de X-Men: Evolution que deram a conhecer X-23, ele reconhece que Kyle já tinha estruturado toda a história da personagem quando os dois se conheceram.
Com os fãs da série rendidos à mais recente anti-heroína mutante, os mandachuvas da Marvel entenderam por bem explorar também as suas potencialidades nos comics. E foi assim que, no início de 2004, X-23 debutou em NYX, uma nova aposta editorial da Casa das Ideias envolvendo a raça Homo superior. Embora o seu passado continuasse envolto numa aura de mistério - ou talvez por isso mesmo - Laura cedo caiu nas boas graças dos leitores, numa altura em que parecia impossível eles cansarem-se dos X-Men e seus derivados. Qualquer personagem com o fator X parecia fadada ao sucesso e X-23 não fugiu à regra.

NYX Vol 1 3
Em fevereiro de 2004, NYX nº3
assinalou a dramática estreia de X-23 na BD.
Ao sucesso quase instantâneo de X-23 não terá sido alheia, também, a sua mudança de visual quando migrou da TV para a BD. Importa recordar que, em X-Men: Evolution, ela possuía cabelo castanho e um tom de pele mais bronzeado do que o da sua versão consagrada nos quadradinhos. Traços fisionómicos, ao que consta, tirados a papel químico da adolescente que Craig Kyle indicara como modelo a Chris Yost na hora de desenvolver a respetiva arte conceitual.

O visual original de X-23 em X-Men: Evolution.
Rapidamente transformada numa das coqueluches da Marvel, X-23 passaria logo depois a coadjuvar os Filhos do Átomo nas  aventuras do grupo publicadas em Uncanny X-Men. Estatuto secundário que manteve até 2010, ano em que foi presenteada com um título próprio, cuja trajetória intermitente ditaria o seu cancelamento ao fim de 21 números. Pelo meio, os segredos do seu passado (ver texto seguinte) seriam finalmente desvelados em X-23: Innocence Lost, minissérie de 2005 com a assinatura dos seus criadores.
Seguir-se-ia uma curta passagem por Avengers Academy e Avengers Arena antes de, vestindo a pele da filha pródiga, regressar, em finais de 2012, à Mansão X. Lá permanecendo mesmo após a morte de Wolverine, de quem assumiria orgulhosamente o legado por entre os ecos de Secret Wars III.
Enterrada a persona de X-23 (se definitiva ou temporariamente, o tempo o dirá; para mais quando crescem os rumores acerca de uma iminente ressurreição de  Logan), Laura Kinney é, desde janeiro de 2016, a cabeça de cartaz de All-New Wolverine. Título que ela tudo tem feito para honrar.

Justiça de garras afiadas em All-New Wolverine Nº1 (novembro de 2015).

Origem: Um programa ultrassecreto chamado A Fábrica pretende reproduzir o experimento militar que, décadas antes, revestira de adamantium o esqueleto de Wolverine. Quando o Dr. Martin Sutter - um dos mentores do primeiro Arma X - resolve contratar a reputada geneticista Sarah Kinney para desenvolver um clone do mutante canadiano, o projeto toma uma nova direção. Dele também faz parte o Dr. Zander Rice, perfilhado por Sutter depois de o seu pai ter sido assassinado por um Wolverine em modo animalesco.
Dado que a única amostra disponível do ADN de Logan se encontra danificada, a Drª. Kinney falha reiteradamente em replicar o cromossoma Y. Para tentar contornar o problema, propõe aos seus superiores a criação de um espécime feminino. Ideia prontamente rejeitada, em particular por Zander Rice.
Apesar da interdição, Kinney prossegue as suas tentativas de criar um clone viável de Wolverine usando o cromossoma X e apela ao Dr. Sutter que reconsidere. O que ele acaba por fazer, concedendo-lhe autorização para prosseguir as suas experiências.
Após 22 tentativas fracassadas para reconstituir o ADN de Wolverine, a 23ª amostra genética revela-se viável para ser combinada com um embrião. Furioso com a insubordinação de Kinney, Rice obriga-a a servir de barriga de aluguer ao espécime.
Durante o período de gestação Kinney tem cada passo seu monitorizado. Quando, por fim, dá à luz o espécime, este é batizado simplesmente de X-23.
Sete anos depois, X-23 continua a ser mantida em cativeiro na Fábrica e a ser treinada para ser uma arma viva. Para acelerar a ativação do gene mutante da menina, Rice submete-a a doses massivas de radiação. Uma vez ativado o fator de cura de X-23, Rice ordena a extração das garras que ela tem nos pés e nas  mãos, para que sejam recobertas de adamantium antes de lhe serem reinseridas no corpo. Processo executado, do princípio ao fim, sem recurso a qualquer tipo de anestesia.

Laura e a "mãe" num dos raros momentos
 de proximidade entre ambas.
Ao aperceber-se da brandura com que o sensei de X-23 a trata, Rice desenvolve um composto químico a que chama "odor gatilho". Quando detetado pela jovem, o "odor gatilho" traz à tona o seu lado animalesco, libertando os seus instintos mais primários. Logo da primeira vez que isso se verifica, X-23 estraçalha o seu tutor em quem ela tinha o seu único amigo.
Mais três anos se passam antes de X-23, agora uma assassina de elite pronta para tirar a vida a qualquer um a troco da quantia certa, receber a sua primeira missão no terreno. Muitas outras se seguiriam, transportando-a a diversos pontos do globo. Numa delas foi traída e abandonada por Rice, acabando à mercê da organização terrorista IMA. Conseguiu, no entanto, sobreviver e regressar à Fábrica, para enorme frustração de Rice, que desejava ardentemente vê-la morta e enterrada.
Quando Megan, uma sobrinha da Drª. Kinney, é raptada por um serial killer, a cientista, tomada pelo desespero, leva X-23 para fora das instalações da Fábrica. Não para libertá-la mas para usar as suas capacidades de rastreadora para encontrar a menina. Resgatada Megan e morto o seu captor, Kinney devolve X-23 à Fábrica.
É então que a cientista fica a par do plano de Rice para assumir o controlo do programa. Este, por sua vez, descobre a escapadela que Kinney proporcionara a X-23 e resolve expulsá-la. Não sem antes a conduzir a uma câmara secreta para lhe mostrar dezenas de incubadoras contendo outros clones femininos de Wolverine que deveriam servir à concretização de propósitos escusos.
Antes de ajudar X-23 a escapar novamente das instalações, Kinney investe-a de uma última missão: destruir as incubadoras e matar Rice. O que ela não sabia é que Rice a expusera antes ao "odor gatilho".
Quando X-23 completa a sua missão e vai ao encontro de Kinney, sucumbe à sua fúria assassina e acaba por tirar a vida à "mãe".
Esvaindo-se em sangue, Kinney diz à jovem que a ama e que o seu nome verdadeiro é Laura. Antes de exalar o seu último suspiro, passa-lhe para as mãos uma carta e fotografias de Wolverine, do Professor X e da Escola Xavier. Pistas que conduziriam X-23 ao seu "pai".
Foi, porém, tudo menos pacífico o primeiro encontro de ambos. Laura derrotou Logan em combate mas poupou-lhe a vida. Logan, por seu turno, revelou ter sido informado do calvário da rapariga através de uma missiva que lhe fora endereçada tempos atrás pela Drª. Kinney e prontificou-se a ajudá-la. Os dois tornar-se-iam a partir daí inseparáveis até à morte de Wolverine.


Draª Kinney e Wolverine:
 as mortes dos "pais" de X-23.

Trivialidades:

*A escolha do nome Laura foi influenciada pela sua proximidade fonética com Logan;
*Lançada em 2005 em terras do Tio Sam, a minissérie X-23: Inoccence Lost, deu a conhecer em maior detalhe o traumático passado de Laura Kinney. Na história, o temporizador usado por X-23 nas suas missões de extermínio estava sempre programado para 22 minutos, numa clara alusão ao número de clones malsucedidos de Wolverine que antecederam a sua conceção. Já as datas apresentadas para cada missão correspondiam aos aniversários de amigos de Craig Kyle;
Começou aqui a ser desvendado
o traumático passado de Laura Kinney.
*Aquando do seu recrutamento para os X-Men, a X-23 foi atribuído o codinome Talon que, apesar do seu cariz oficial, raramente foi utilizado por ela ou pelos seus colegas de equipa;
*Grande apreciadora de comida condimentada, Laura justifica essa sua preferência gastronómica com a insipidez que caracterizava a dieta que lhe foi imposta durante o seu cativeiro na Fábrica;
*Na apresentação sumária que dela fez aos restantes alunos da Escola Xavier, Wolverine deixou claro que X-23 poderia rasgá-los a todos em pedaços num abrir e fechar de olhos. Aconselhou-os, por isso, a que não lhe dessem motivos para o fazer;
*Devido à quase total ausência de adamantium no seu organismo, o fator de cura de X-23 consegue atuar com maior rapidez do que o de Wolverine. Sendo, todavia, mais instável do que o dele (presumivelmente, por causa da sua juventude);
*Certa vez, uma contraparte de Deadpool originária de uma dimensão paralela afirmou existir nesse mundo uma X-29 muito mais divertida do que Laura. Revelação que muito intrigou a jovem e que, naturalmente, deu azo a especulações por parte dos fãs. Tratar-se-ia a personagem em questão de uma versão alternativa de X-23 ou de outro clone viável de Wolverine? Esta segunda hipótese ganhou força quando, pouco tempo depois, foi apresentada uma história descrevendo as tentativas empreendidas pelos cientistas da Fábrica objetivando a produção de uma nova cópia genética de Logan. É bem possível que tudo  não tenha passado, no entanto, de uma brincadeira do Mercenário Tagarela com o intuito de azucrinar a pobre Laura;
*No encerramento da série Wolverines, Laura teve o seu fator de cura drenado por Sifão (Siphon, no original). Sem que, até ao momento, tenha sido aventada qualquer explicação para tal, essa situação foi revertida quando ela passou a estrelar All-New Wolverine.

Uma nova Wolverine, o mesmo instinto animal.
Noutros segmentos culturais: Boa parte da enorme expectativa à volta de Logan (com estreia nacional a 2 de março, e mundial no dia seguinte), prende-se com a participação de X-23. Interpretada por Dafne Keen, atriz anglo-espanhola de apenas 11 anos conhecida apenas pelo seu papel na série televisiva The Refugees (2014), a personagem estará em evidência na película que marcará a despedida de Hugh Jackman como Wolverine. Especula-se, por isso, se, a exemplo do que ocorreu na banda desenhada, ela poderá vir a ser a herdeira do herói canadiano no cinema. Tanto mais que, em entrevista concedida ao site Comic Book Movie, o realizador James Mangold assumiu o seu interesse em dirigir um filme de X-23.
Mesmo que esse projeto nunca se venha a concretizar, X-23 já logrou fazer o pleno dos ecrãs. Desde a sua estreia televisiva em X-Men: Evolution, a jovem mutante marcou presença em várias outras séries animadas, nomeadamente em Wolverine and the X-Men (2009), e foi personagem jogável em diversos jogos de vídeo baseados no Universo Marvel, no último dos quais, Marvel Contest of Champions (2014), surgiu envergando o seu uniforme de Wolverine.

Laura e Logan numa jornada que ninguém sabe aonde os levará.